sábado, 20 de junho de 2009

No café


Alguém senta diante do computador para jogar uma bobagem qualquer. Alguém varre o chão. Duas amigas conversam enquanto tomam o lanche. Um homem só, acompanhado de uma mala preta, não come nada, não lê, olha para lá, olha para cá. Quem espera? Duas outras solitárias cutucam seus celulares. O homem-só atende o seu. Fala rápide e desliga. Sorri, ergue o polegar para alguém que vem de fora. Levanta-se e cumprimenta o outro. A princípio pensei que fosse filho, mas não era tão jovem assim. São amigos. Irmãos não devem ser. Um é careca, o outro não, um é baixo, o outro alto, um é... não são irmãos. Serão um casal? Uma das solitárias se vai acompanhando uma amiga que veio lhe buscar. A outra agora fala ao celular. E a outra solitária, gorducha e corada, da qual ainda não falei e que escreve compulsivamente em um guardanapo de papel, acaba de receber seu lanche, abre um sorriso para o garçom, agradece e para de escrever, para comer.

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