sexta-feira, 24 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
Garoa na rua Mouffetard
sexta-feira, 10 de julho de 2009
domingo, 5 de julho de 2009
onde está
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Minha amiga Maria Antonia
Estávamos no correio, pois minha amiga Maria Antonia enviava para sua filha Beatriz, nos EUA, umas paçoquinhas de amendoim, quando nossa atenção foi chamada. Esse é meu carma! Disse uma impaciente atendente, quando entrou na agência um rapaz com jeito de menino que falava alto e gesticulava em demasia. Soneli, a nossa atendente, nos disse que ele vinha à agência todos os dias. Quisemos saber o que vinha fazer, se enviava cartas diariamente. Ela disse que ele não, mas seu pai sim, um homem idoso, que deveria chegar em alguns instantes – o filho sempre se adiantava no final do percurso. São gente importante, mandam carta para os Estados Unidos, disse Soneli, enquanto passava um formulário para Maria Antonia terminar de preencher. Nos envolvemos nessa tarefa e esquecemos do rapaz.
Ao sair da agência, Maria Antonia viu o rapaz indo de encontro a um velho que acabava de atravessar a Av. Sumaré. Eu já entrava no carro, ela me puxou e disse, olha o pai, vou ver se escuto algo. Entrei no carro, ela deu a volta, encontrou os dois na calçada e iniciou a conversa. Maria Antonia perguntou quem era, para quem mandava as cartas, o que havia naquele saco que carregava e mais umas tantas perguntas feitas com real interesse. O senhor, Amaury pai, ex-diretor da Fundação Casper Líbero, por 8 anos, não se continha de contentamento com o interesse genuíno que partia de tão bela jovem senhora. Amaury filho acompanhava a conversa interessadíssimo, porém calado. Eu, dentro do carro, mal podia acreditar no que via. Maria Antonia deu um cartão ao senhor e outro ao filho, que também quis. O senhor explicou a ela que escrevia resenhas dos livros que lia e as enviava aos autores. Junto com o envelope, o ex-diretor por 8 anos, da Fundação Casper Líbero, carregava um saco cheio de selos. A essa altura, eles já conversavam ao lado da minha janela, porque eu não sai do carro, mas Maria Antonia fez questão de me apresentar e de conduzir seus interlocutores para perto da minha janela e me incluir na roda. É por isso que amo minha amiga Maria Antônia. Os selos do saco eram para selar o envelope. Como Amaury pai não sabia de quantos precisaria, trazia logo todo o saco. Maria Antonia quis saber se o ex-diretor não utilizava a internet. Ele lhe disse que era uma pessoa antiga, continuava fiel ao correio. Ela lhe perguntou se ele poderia resenhar uma série de poemas e crônicas que vínhamos escrevendo. Amaury pai sorriu de orelha a orelha, seguido pelo, também de orelha a orelha, sorriso de Amaury filho. Ele anotou seu endereço em um pedaço de papel e passou a Maria Antonia. Você me envia seus escritos pelo correio e eu lhe devolverei a resenha, com muitíssimo gosto. E que belos dentes tem a sua amiga, dentes fortes! Eu, de dentro do carro, só ria.
Ao sair da agência, Maria Antonia viu o rapaz indo de encontro a um velho que acabava de atravessar a Av. Sumaré. Eu já entrava no carro, ela me puxou e disse, olha o pai, vou ver se escuto algo. Entrei no carro, ela deu a volta, encontrou os dois na calçada e iniciou a conversa. Maria Antonia perguntou quem era, para quem mandava as cartas, o que havia naquele saco que carregava e mais umas tantas perguntas feitas com real interesse. O senhor, Amaury pai, ex-diretor da Fundação Casper Líbero, por 8 anos, não se continha de contentamento com o interesse genuíno que partia de tão bela jovem senhora. Amaury filho acompanhava a conversa interessadíssimo, porém calado. Eu, dentro do carro, mal podia acreditar no que via. Maria Antonia deu um cartão ao senhor e outro ao filho, que também quis. O senhor explicou a ela que escrevia resenhas dos livros que lia e as enviava aos autores. Junto com o envelope, o ex-diretor por 8 anos, da Fundação Casper Líbero, carregava um saco cheio de selos. A essa altura, eles já conversavam ao lado da minha janela, porque eu não sai do carro, mas Maria Antonia fez questão de me apresentar e de conduzir seus interlocutores para perto da minha janela e me incluir na roda. É por isso que amo minha amiga Maria Antônia. Os selos do saco eram para selar o envelope. Como Amaury pai não sabia de quantos precisaria, trazia logo todo o saco. Maria Antonia quis saber se o ex-diretor não utilizava a internet. Ele lhe disse que era uma pessoa antiga, continuava fiel ao correio. Ela lhe perguntou se ele poderia resenhar uma série de poemas e crônicas que vínhamos escrevendo. Amaury pai sorriu de orelha a orelha, seguido pelo, também de orelha a orelha, sorriso de Amaury filho. Ele anotou seu endereço em um pedaço de papel e passou a Maria Antonia. Você me envia seus escritos pelo correio e eu lhe devolverei a resenha, com muitíssimo gosto. E que belos dentes tem a sua amiga, dentes fortes! Eu, de dentro do carro, só ria.
Dor sem lágrima
Hoje você me disse
Quando fala da sua dor
Você não se emociona
Os lábios não tremem
Os olhos não lacrimejam
De quem é essa dor?
Dor sem lágrima
Dói, dói e volta a doer
Dói, dói e volta.
Será que preciso chorar minha própria dor?
Não vale ir ao cinema, chorar a dor alheia?
Quando fala da sua dor
Você não se emociona
Os lábios não tremem
Os olhos não lacrimejam
De quem é essa dor?
Dor sem lágrima
Dói, dói e volta a doer
Dói, dói e volta.
Será que preciso chorar minha própria dor?
Não vale ir ao cinema, chorar a dor alheia?
Assinar:
Postagens (Atom)