sexta-feira, 29 de maio de 2009

Trinta e tantos


TRINTA E TANTOS
Tenho trinta, e tantos medos.

E o maior deles,que os anos passem e eles não.
1993

Escreva

Escreva com a mão, com o pé
escreva a dor, amor
escreva sempre
sem medo, cedo ou tarde
escreva com suor
sem pressa, sem preço, sem razão
escreva com prazer
escreva com horror
uma emoção qualquer,
escreva enquanto houver.

Ubaldo


Hoje, dia 9, começa o ano de 2006. Nesse reveillon me dei conta de que o tempo passou e estamos de fato no século 21. Essa ficha caiu depois que li um artigo do João Ubaldo Ribeiro. Ele dizia que não ia a Copacabana ver os fogos, pois não queria ser figurante para a televisão, e que não saia mais de casa porque hoje tudo é feito para que não se saia mais de casa, desde os perigos e incômodos que a rua oferece a todas as comodidades delivery e as possibilidades de se relacionar com o mundo, do maravilhoso mundo das compras ao das amizades mais íntimas, via internet.
Por isso resolvi escrever e mais: vou fazer uma página na internet, um site para mim! Vou me inserir neste espaço e não sair mais de casa! Viva Ubaldo (o paranóico?)!

09 de janeiro de 2006

O pó


Minha avó e seu marido moraram aqui até ela se esquecer de tudo e ele encher todos os armários da casa com embalagens de comida para viagem. Quero crer que foram felizes. Hoje são um espólio. O apartamento está vazio, sujo e empoeirado. Há anos. Tudo foi levado e a luz cortada. Entro com sacos de material de limpeza e um aspirador de pó que de nada servirá, pois como já disse, a luz foi cortada. Antes de começar a limpeza e após me lembrar de alguns momentos que passei aqui na companhia do meu pai, me distraio fotografando o pó.






27 de setembro de 2008