Se fosse fulminante a morte por raiva, eu teria morrido ontem à noite na minha cama. Tive um acesso violento. Não sei bem dizer se era raiva ou ódio. Foi tão forte que devem ter sido os dois juntos. Me doía o coração. Tamanha dor que eu podia senti-lo inteiro, todo o seu contorno, todo o seu peso. Podia visualizá-lo, carne e sangue, envenenado. Eu queria chorar, para aliviar a dor e foi difícil conseguir. Veio um choro feio, compulsivo. Não era um choro de tristeza que como a chuva vem para limpar. Era quase um vomito. E eu queria vomitar, mas não conseguia. Só vinha o enjôo no que eu imagino seja o estômago, mas não o vomito. Fiquei com muito frio, parecia uma intoxicação. Era. De ódio e de raiva.
Só consegui dormir bem mais tarde anestesiada por um punhado de amor que consegui ali mesmo ao meu lado.
Só consegui dormir bem mais tarde anestesiada por um punhado de amor que consegui ali mesmo ao meu lado.
Hoje, 9 do 9 de 2009, amanheci sem vontade.
Um punhado de amor.Bela solução poética para aquilo que é o único antídoto para raiva.
ResponderExcluirE creia, ainda é o melhor. Experimentei -que ironia- na mesma noite e madrugada- usar como antídoto, o próprio veneno. Horros. Vergonha.
Sabe o que eu gostaria que vc experimentasse: colocar as mesmas palavras em versos.Pancadão. Já é um pancadão. Ficaria mais.
vamos dee pancadão. MS o nosso é o dos pandas: fofos.
Gostei muito. Vc precisa escrever ,mais e mais.
abraçao de panda
Querida palpiter, posso lhe chamar assim? Escrevo porque preciso. É um alívio. Escrevo para mim e corro postar para você. Com quem converso. É ótimo ter você no ar.
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